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6 de abril de 2011

O jornalismo automobilístico e suas dificulades

Por Vinicius Santos
O jornalismo esportivo apresenta muitas dificuldades. Imagine então, quando todas as dificuldades estão em alta velocidade. Pois é, esse é o trabalho dos jornalistas esportivos que trabalham com o automobilismo.

Especialização no início da carreira como jornalista esportivo

Por César Martins e Iuri Iacona

Nos dias atuais, profundidade nas informações é essencial. O aprofundamento em determinados temas passa a ser primordial. Notas e notícias que "dão uma geral" nos acontecimentos já não satisfazem o leitor.
O jornalismo especializado aparece justamente para tapar esse buraco e dar melhores direções às informações. Na área esportiva, caminho escolhido por boa parte dos estudantes de jornalismo no Brasil, não é diferente.

Para Thiago Alves, jornalista esportivo especializado em AUTOMOBILISMO, escolher uma direção específica para a carreira é algo que deve ser feito com cuidado. "O que existe é  jornalista. Claro que você se especializar em um assunto é muito importante para tornar-se uma referência, mas jamais pode deixar de estar por dentro de outros assuntos. Não só de esporte, mas de política, economia, mundo, pois nunca se sabe quando algo pode ocorrer. Um exemplo é se durante um jogo ou no retorno para a redação, cai um avião. Você, como jornalista, tem a obrigação de ir cobrir esse acidente, pois a informação é mais importante que a especialização.", afirma ele.

O jornalista comenta ainda que precisou percorrer um caminho difícil para chegar até onde está. “Comecei colaborando com sites até que surgiu uma oportunidade para comentar uma etapa de Nascar, no Bandsports. Fiz um bom trabalho e as coisas foram acontecendo. Em 2009 comentei cerca de 70 corridas e ano passado, fiz minha primeira cobertura completa da F - Indy pelo Terra TV".

Diferente do que possa parecer, a cobertura esportiva vai muito além do futebol. Modalidades como vôlei, basquete e esportes de ação recebem grande destaque nos diversos formatos de mídia disponíveis hoje. Grandes eventos esportivos, como as Olimpíadas ou os Jogos Pan-Americanos, mobilizam um número imenso de jornalistas em diversas áreas.

O jornalismo especializado também é capaz de analisar certos pontos através de uma ótica diferenciada, dando certo destaque ao profissional, o que é notado pelo público. “Por mais que eu goste de futebol, eu não estou tão seguro para comentar uma partida como alguém que trabalha com futebol, ou que conhece o dia a dia do clube e sabe como cada jogador e treinador fazem seu trabalho. Assim como alguém que não acompanha o automobilismo também pode deixar de dar alguma informação para quem assiste uma corrida. Isso dá segurança ao jornalista. Hoje eu sinto muita tranquilidade para falar sobre automobilismo e com qualquer pessoa do ramo, por ter essa especialização.”

O jornalista, em alguns casos, tem algumas liberdades. A área esportiva, por exemplo, permite que se criem especulações sobre possíveis acontecimentos. Apesar de ser um dos recursos da área, Thiago alerta que "A ética precisa estar sempre na nossa vida, independentemente da profissão. No caso jornalístico, a melhor coisa é sempre apurar bem a notícia, ouvir as partes para dar a informação correta e nunca tratar a notícia com algum interesse. O mais importante é a informação.".

Ao final da entrevista, Thiago deu um conselho a todos os jovens que querem sair da faculdade e já trabalhando em grandes nomes da imprensa esportiva. “Se for realmente o que você quer, não desista, mesmo sabendo que não é fácil e é uma profissão cheia de sacrifícios. Nunca se começa no topo. As coisas demoram a acontecer, mas sempre faça um bom trabalho e crie formas para mostrar seu trabalho.”.

Real Madrid é o único time que ainda não levou gols jogando em casa na Champions