Divino palmeirense

Filho do chamado Divino Mestre, ficou conhecido assim inicialmente graças a seu pai. Zagueiro que jogou no Palmeiras, e devido a suas atuações ganhou o apelido. Não é difícil imaginar então que o jogador, mesmo antes de fazer sua história no clube já era visto com ídolo. Aliás, ser ídolo parecia estar no sangue da família. Seu tio, Ladislau da Guia, é o maior artilheiro e ídolo do Bangu (RJ) com 215 gols marcados.

Se você ainda não sabe de quem estou falando não conhece a história do Palmeiras. Ademir da Guia , ídolo máximo do clube alviverde, foi sem dúvida o maior camisa dez que o time já teve. Mas ele não começou no Palmeiras.

Seu primeiro clube foi o Céres, do Rio de Janeiro, onde não jogou profissionalmente. Foi pelo Bangu que fez sua estreia nos profissionais. Lá foram 52 jogos e marcou 12 gols em apenas um ano pelo clube. Só depois se transferiu para o Verdão onde fez 902 jogos e 153 gols.

Mas o forte deste camisa 10 não eram os gols. Sua técnica, elegância e inteligência nos gramados era o que destacavam no jovem garoto, que aos 21 anos foi eleito o melhor jogador do Paulistão de 1963. Apesar disso, Ademir nunca foi unânimidade na seleção. Por motivos politicos ou não, o Divino não teve a chance que merecia com a Amarelinha. Disputou apenas 12 jogos com a camisa brasileira, e não marcou nehum gol.

No Palmeiras, sua época de ouro, conquistou 2 títulos brasileiros (72 e 73) e 5 títulos paulistas (63, 66, 72, 74, 76). Além destes conquistou outros títulos como o Torneio Rio São Paulo, 2 vezes o torneio Roberto Gomes Pedrosa , o Brasileirão da época.

Sem dúvida alguma um dos maiores ídolos do Palmeiras é ele, e se não tivesse vivido um jejum de 9 anos longe da seleção, também seria de todos os brasileiros.